Parasitoses intestinais: prevalência e aspectos epidemiológicos em moradores de rua

Intestinal parasites: prevalence and epidemiological aspects in homeless people

 

Rafael Souza Antunes1

Anny Priscilla Ferreira de Souza2

Elismar de Fátima Pinheiro Xavier2

Priscilla Rodrigues Borges3

1Mestre. Universidade Federal do Goiás (UFG). Goiânia-GO, Brasil.
2Graduada em Farmácia. Faculdade Anhanguera de Anápolis. Anápolis-GO, Brasil.
3Biologia. Mestre. Universidade Federal do Goiás (UFG). Goiânia-GO, Brasil.

Instituição: Faculdade Anhanguera de Anápolis. Anápolis-GO, Brasil.

Recebido em 13/08/2019
Artigo aprovado em 30/01/2020
DOI: 10.21877/2448-3877.202000894

 

INTRODUÇÃO

As doenças parasitárias constituem uma das principais causas de morte mundial e abrangem cerca de dois a três milhões de óbitos por ano.(1) As parasitoses intestinais constituem um grave problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, apresentam-se bastante disseminadas e com alta prevalência, decorrente das más condições de vida.(2) Essas doenças muitas vezes cursam de forma silenciosa, o que pode dificultar seu diagnóstico, tratamento adequado e profilaxia. No entanto, sintomas como diarreia, desnutrição, anorexia, fraqueza e dor abdominal são algumas das consequências dessas doenças.(3)

As parasitoses intestinais são causadas por helmintos e protozoários que se manifestam no organismo dos seres vivos, provocando uma série de efeitos nocivos à saúde do infectado.(4) Estão associados a fatores sociais, econômicos, ambientais e culturais que proporcionam condições favoráveis à disseminação. Os indivíduos afetados são, em maioria, os residentes em áreas que ainda carecem de infraestrutura, sendo expostos constantemente às formas infectantes, seja através de alimentos contaminados, contato direto com o solo, capacidade de evolução das larvas e ovos de helmintos, e de cistos de protozoários, higiene pessoal e coletiva.(5)

Uma revisão dos estudos epidemiológicos das para­sitoses intestinais no Brasil detecta que o número de infec­tados ainda continua grande, levando em consideração pesquisas realizadas na década de 1950 com números de positividade variando de 78,2% a 99,4%, e pesquisas realizadas na década de 1980, ainda com taxas elevadas, oscilando entre 20,2% a 98,0%, dependendo do estado.(6) Na década de 1990, as pesquisas apresentaram positividade nas faixas de 43,2% a 87,2%, e estudos realizados nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro entre os anos de 1999 a 2001 revelaram taxas de prevalência próximas a 52,0%.(7)  Resultados relativamente altos, por já existirem políticas de conscientização à prevenção e diminuição dessas parasi­toses, aplicadas desde 1950.

Alguns fatores epidemiológicos são indispensáveis para que ocorra a infecção parasitária, sendo eles: condições do hospedeiro, o parasito e o meio ambiente. Em relação ao hospedeiro, incluem a idade, estado nutricional, fatores genéticos, cultural, comportamentais e profissionais; ao parasito, incluem a resistência ao sistema imune do hospedeiro e os mecanismos de escape vinculados à transformação bioquímica e imunológica ao longo do ciclo do parasito; e, em relação aos fatores ambientais, exercem papel ecológico importante no ciclo de vida de vários parasitos e vetores.(8)

Moradores de rua geralmente são pessoas que não possuem mais documentos, trabalho formal ou moradia fixa. Também encontram-se com vínculos familiares e sociais muitas vezes rompidos, o que os conduz a um estado de crescente degradação e vulnerabilidade. Mesmo que no Brasil existam soluções informais para enfrentar o problema da falta de moradia, um grande número de pessoas acaba nas ruas devido à falta de políticas públicas de apoio.(9) O acolhimento desses indivíduos é essencial, uma vez que o ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, ações de aproximação e atitude de inclusão. A partir desse ato de acolhimento, os moradores de rua são passíveis ao desenvolvimento de ações de educação e promoção à saúde.(2)

Os moradores de rua vivem um processo saúde-doença devido à convivência com a aglomeração de pessoas e do acesso à saúde dificultada, e quando há procura espontânea pelo serviço de saúde existem as barreiras por estarem relacionados ao alcoolismo, uso de drogas e crimi­nalidade. Nestas condições, a saúde fica ainda mais comprometida por viverem em situação de miséria e de inuti­lidade social.(10)

O levantamento da positividade de parasitoses intestinais na população de moradores de rua pode relatar não somente as deficiências na qualidade de atendimento à saúde e condições sociais dos mesmos, mas também indicar a necessidade da implantação de programas de controle dos parasitos, visando melhorar o estado sanitário e conse­quen­temente reduzir os índices de contaminação.(11)

Nesta perspectiva, este estudo teve como objetivo principal identificar a prevalência das parasitoses intestinais, sintomatologia e características condicionais em moradores de rua da cidade de Anápolis-GO.

 

MATERIAL E MÉTODOS

 

Local e população de estudo

A pesquisa foi realizada no município de Anápolis, localizado na região centro-oeste do Goiás, Brasil, com uma área territorial de 933.156 km2, sendo sua população estimada no ano de 2019 de 386.923 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).(12)

Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, analítico e retrospectivo, com base na coleta de dados obtidos através do exame parasitológico de fezes (EPF) e análise do questionário sintomatológico. A coleta foi realizada no período de junho a novembro de 2014 em diferentes locais da cidade como albergues, rodoviária, praças e prefeitura municipal. Foram incluídos na pesquisa indivíduos capazes de responder ao questionário e coletar a amostra de fezes. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

As variáveis adotadas foram: idade, sexo, informações epidemiológicas, tais como cor de pele (brancos e não brancos – pardos, negros, amarelos e indígenas), escolaridade (alfabetizados e analfabetos), consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas ilícitas, além de informações sintomatológicas comuns em parasitoses intestinais como diarreia, dor abdominal, fraqueza, cansaço, perda de apetite e irritabilidade nervosa. Todos categorizados em sim ou não.

 

Diagnóstico parasitológico

Para a análise parasitológica de fezes utilizaram-se dois métodos. O método de sedimentação espontânea – técnica de Hoffman, Pons e Janner (1934)(13) para detecção de ovos de helmintos e cisto de protozoários, e o método de Baermann-Moraes (1948)(14) para detecção de larvas de nematódeos, já que havia suspeita de que esses indivíduos estivessem infectados com Strongyloides stercoralis. Foram confeccionadas duas lâminas para cada uma das técnicas por amostra e leitura em microscópio óptico.

 

Análise estatística

A análise estatística realizou-se por meio da distribuição das frequências absoluta e relativa, média, desvio-padrão e amplitude, e, consequentemente, foi utilizado o teste de qui-quadrado para variáveis, sempre que necessário, e o teste t de Student para variáveis contínuas (p < 0,05).

 

Considerações éticas

Por se tratar de uma análise baseada nos dados dos resultados gerados a partir da prática da medicina labora­torial, o presente trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Associação Anhanguera Educacional Ltda de acordo com o protocolo nº 37494214. 5.0000.5372.

 

RESULTADOS

 

Participaram do estudo 43 moradores de rua, dos quais 30,23% (n = 13) do sexo feminino e 69,77% (n = 30) o sexo masculino. A idade da população variou de 18 a 65 anos, com idade média de 37,62 ± 12,21 anos. As demais variáveis e características condicionais dos indivíduos estudados estão descritas na Tabela 1.

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A prevalência de parasitoses intestinais foi de 67,44% (n = 29). Desses, 62,07% foram poliparasitados, caracterizados como indivíduos infectados por mais de um parasito intestinal.

A frequência dos parasitos intestinais nos moradores de rua está descrita na Tabela 2. Observou-se predominância de protozoários (67,30%) em relação a helmintos (32,70%) e foram encontrados oito tipos de parasitos, sendo os mais comuns: Entamoeba histolytica (21,15%); Entamoeba coli (17,31%) e Endolimax nana (15,38%).

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As espécies que mais apresentaram convívio com outras foram E. coli e E. nana, sendo as associações verifi­cadas: E. coli e E. nana; E. histolytica e E. coli; A. lumbricoides e E. nana; S. stercoralis, E. coli e E. nana; e por fim G. lamblia, E. coli e E. nana.

Neste estudo, os sinais e sintomas apresentados pelos indivíduos parasitados (n = 29) se comportaram da seguinte maneira: dor abdominal (86,20%;25/29) seguida ou não de diarreia (68,96%;20/29); irritabilidade nervosa (75,86%;22/29); fraqueza e/ou cansaço (65,52%;19/29); e perda de apetite (34,48%;10/29).

A Tabela 3 apresenta a prevalência dos parasitos intestinais e sua relação com as variáveis, características condicionais e sintomatologia dos moradores de rua.

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DISCUSSÃO

 

Neste trabalho, a análise do EPF em moradores de rua de Anápolis-GO apresentou-se com uma prevalência de 67,44% (29/43) e uma diversidade de oito parasitos intestinais (Tabela 2), levando em consideração que o EPF é considerado um dos recursos fundamentais para o diagnóstico das parasitoses intestinais.(1) Em relação ao poli­parasitismo, mostrou-se frequente em 62,07% (18/29) dos casos positivos, o que ressalta a necessidade de estudos que possam avaliar melhor o impacto na saúde de indivíduos que apresentam infestação por mais de uma espécie de parasitos, corroborando com estudos que confirmam altos índices de pessoas parasitadas por enteroparasitos, o que reflete uma infraestrutura sanitária e hábitos higiênicos precários.(15,16)

Quanto ao gênero, a maioria dos indivíduos era do sexo masculino (69,77%;30/43) (Tabela 1). Em sua maioria, os principais motivos que os levaram às ruas foram: desentendimentos familiares, dependência de vícios, distúrbios mentais e incapacitação para o trabalho devido à mutilação de membros do corpo, ou patologias, sendo os indivíduos do sexo masculino mais propícios a procurar vias públicas para sustento próprio e de familiares, tornando-os vulneráveis a morar nas ruas.(9) Segundo alguns entrevistados, a sociedade encara-os de forma discriminada, identificando-os como se todos fossem pertencentes a um grupo homogêneo em que prevalecem pessoas sem objetivos na vida. O álcool e as drogas fazem parte da vida de muitos entrevistados, apesar de não ter sido verificada, neste estudo, associação com frequência de parasitos (p = 0,339); no entanto, este quesito traz conotação ruim aos seus dependentes, o que ocasiona discri­minação por parte da sociedade.(17)

Vale ressaltar que os moradores de rua vivem em condições precárias de higiene e exclusão social, estão diretamente expostos a agente infecciosos através do contato direto com o solo por andarem descalços e/ou deitados em áreas de terras das praças e jardins. Quanto ao local de defecação, utilizam na maioria das vezes vias públicas, incluindo ruas e praças, e, no tocante às atividades de trabalho, uma grande parcela exerce funções que envolvem alimentos.(18)

Nestas condições, os resultados do estudo (Tabela 2), mostraram que as infecções causadas por protozoários (67,30%;35/52) foram significativamente superiores à de helmintos (32,70%;17/52) (p = 0,001), como tem sido demonstrado em outras populações.(4) Dos parasitos pato­gênicos, os que apresentaram maiores frequências foram a E. histolytica (21,15%;11/52), a G. lamblia (13,46%;7/52), que, segundo outros estudos, é o parasito intestinal mais encontrado nos humanos,(19) e o A. lumbricoides (13,46%;7/52). Todos esses parasitos são comumente encontrados em populações carentes de saneamento básico, que vivem em condições precárias de higiene e são facilmente disseminados pela prática oral fecal. São comuns também em países em desenvolvimento, o que está de acordo com os resultados encontrados neste trabalho.(20)

Em diversos países, muitas pessoas estão infec­tadas por amebas comensais, mas a maioria dos indivíduos possui um quadro assintomático.(21) A detecção de amebas comensais, como E. coli (17,31%;9/52) e E. nana (15,38%; 8/52) indica que esses indivíduos ingeriram água ou alimentos contaminados.(22)  A E. histolytica, dentre as amebas encontradas neste estudo, é a única considerada invasiva, o que confirma os sintomas de dores abdominais (p = 0,002) e diarreias (p = 0,012) apresentadas pelos entrevistados (Tabela 3).

A G. lamblia tem sido alvo de pesquisas sobre síndromes diarreicas, o que consolidou o quadro clínico de disenterias apresentado por alguns indivíduos. Neste caso, a contaminação pode ser devido ao fato de que os cistos dos protozoários são resistentes ao tratamento da água com cloro, e a transmissão pode ocorrer de forma inter­pessoal entre pessoas infectadas, pois os cistos são infec­tantes quando eliminados nas fezes, o que ocasiona, além das dores abdominais e diarreias, a sensação de fraqueza e cansaço (p = 0,049) aos parasitados.(8)

O A. lumbricoides apresentou-se como helminto de maior frequência, e isso pode estar relacionado à resistência do ovo em altas e baixas temperaturas no solo, o que pode facilitar sua sobrevivência e disseminação. É considerado o helminto de maior preocupação em saúde pública, pois estima-se que esteja presente em ¼ da população mundial e pode causar quadros sumamente graves e fatais.(23) Traz aos infectados sinais e sintomas como dor abdominal, irritabilidade nervosa (p = 0,036) e perda de apetite (p = 0,097), apesar de que este último sintoma não apresentou associação por apontar um p > 0,05, mas, mesmo assim, mostrou-se presente em muitos entrevistados.

O S. stercoralis (11,54%;6/52), E. vermiculares (5,77%;3/52) e o A. duodenale (1,93%;1/52) são parasitos nocivos à saúde e também encontrados na população estudada. A forma de infecção está diretamente relacionada a hábitos de higiene e ocorre principalmente por meio de contato direto com o solo contaminado, geralmente pelo costume de andar descalço, mãos contaminadas, alimentos, e, menos comumente, pela água.(24) A autoinfecção externa é o principal mecanismo responsável pela cronicidade destas parasitoses e ocorre quando há penetração na pele por larvas filarioides, o que é o caso dos S. stercoralise A. duodenale(25) ou quando pessoas levam os ovos do ânus à boca (E. vermiculares), sendo consequência do prurido anal e mal hábitos de higiene.(24-26)

A mudança de hábitos e o desenvolvimento de uma imunidade progressiva auxiliam na diminuição da frequên­cia de parasitos intestinais. No entanto, com o passar dos anos ocorre um comprometimento do sistema imune, favorecendo também o surgimento de doenças parasitárias.(7) Neste estudo, observou-se uma maior frequência de parasitos intestinais em indivíduos com faixa etária entre 31 a 65 anos quando comparados aos indivíduos de 18 a 30 anos (Tabela 3).

Diante disto, percebe-se que o pico da função imuno­lógica acontece na adolescência, mantendo-se estável nos adultos saudáveis e diminuindo nas fases mais avançadas da vida, mostrando que, com o envelhecimento, as defesas imunológicas podem ficar enfraquecidas, deixando o indivíduo mais susceptível a certos tipos de infecções parasitárias.(27)

Neste trabalho, não foi verificada associação com o gênero (masculino e feminino) e a escolaridade dos indivíduos (alfabetizados e analfabetos), o que reforça a ideia de que as questões de educação sanitária e higiene ambiental são os principais determinantes de infecções por parasitos intestinais.(28) No entanto, a variável de cor da pele apontou ter associação para indivíduos considerados não brancos (pardo, preto, amarelo e indígenas), o que leva à percepção de que essa condição também é determinante para infecções intestinais em moradores de rua da cidade de Anápolis-GO. Essa evidência corrobora com outros estudos que apontam indivíduos negros como mais susceptíveis às condições de pobreza e, conse­quentemente, à vivência em locais desprovidos de saneamento básico e água tratada, o que não está muito distante da realidade enfrentada por moradores de rua.(29,30)

A alta prevalência de parasitoses intestinais em moradores de rua verificada neste trabalho revela sua importância epidemiológica e clínica, demostrando que essas infecções são ainda relevantes na questão de saúde pública. Logo, desperta a necessidade de se pesquisarem as para­si­toses na população de estudo, juntamente com a sintoma­tologia e características condicionais que possibilitem conhecer a magnitude do problema e adotar medidas cabíveis.

Além disso, existe ainda a possibilidade de serem utilizadas por autoridades de saúde para orientar a formulação de políticas públicas e sociais que venham a melhorar as condições socioeconômicas, sanitárias e educacionais, refletindo na saúde e na qualidade de vida da população de rua.

 

CONCLUSÃO

 

Os resultados desta pesquisa demonstraram que existem parasitoses intestinais em moradores de rua da cidade de Anápolis-GO, Brasil, chamando atenção para sua elevada prevalência e necessidade de adoção de medidas de prevenção e controle. O potencial de disseminação dos parasitos foi evidenciado pela contaminação de logra­douros públicos, transformando-os em verdadeiros focos de transmissão de parasitos intestinais. Dessa forma, os resultados apresentaram um problema de saúde pública, e isto fortalece a importância do papel da prevenção por meio de melhorias das condições socio­econômicas, de saneamento básico e de educação em saúde.

 

Agradecimentos

Os autores agradecem à Faculdade Anhanguera de Anápolis pelo apoio e oportunidade de realização deste trabalho.

 

 

 

Abstract

Objective: Analyze intestinal parasites in homeless people in the city of Anápolis-GO and identify the main signs and symptoms. Methods: The study was carried out based on laboratory data, in which two methods were used for the parasitological diagnosis, spontaneous sedimentation – Hoffman, Pons and Janner technique and the Baermann-Moraes method. A questionnaire with information related to symptoms and epidemiological aspects was also applied. Results: 43 individuals participated in the research. The prevalence of intestinal parasites in the population studied was 67.44% (29/43), of which 62.07% (18/29) had multiple parasites. There was a predominance of protozoa (67.30%; 35/52) in relation to helminths (32.70%; 17/52). The most prevalent parasites were: Entamoeba histolytica (21.15%; 11/52), Entamoeba coli (17.31%; 9/52) and Endolimax nana (15.38%; 8/52). Among the signs and symptoms, abdominal pain (86.20%; 25/29), nervous irritability (75.86%; 22/29) and diarrhea (68.96%; 20/29) stood out. The data demonstrated that there is a relationship between intestinal parasitosis and the signs and symptoms presented. Conclusion: The frequency of intestinal parasites was high and there was an association of parasitic infections with conditional characteristics such as lifestyle and health conditions, in addition to presenting a possible contribution to future studies that report the importance of preventing and treating parasitic diseases in humans.

 

Keywords

Parasitic diseases; homeless persons; epidemiology

 

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Correspondência

Rafael Souza Antunes

 Faculdade Anhanguera de Anápolis

Avenida Universitária, nº 683 – Centro

 Anápolis-GO, Brasil