Enteroparasitoses humanas em Aracaju, SE

Human intestinal parasites in Aracaju, SE

 

 

Carolina Silva Vasconcelos1 

Mônica Batista de Almeida2

Renan Guedes de Brito3

Adriana de Oliveira Guimarães4

Rachel Freire Boaventura5

Ana Maria Guedes de Brito6        

 

 

1Graduada em Biomedicina pela Universidade Tiradentes – Aracaju, SE, Brasil.

2Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal de Sergipe UFS – Aracaju, SE, Brasil.

3Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe – UFS – Aracaju, SE, Brasil.

4Mestre em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes – Aracaju, SE, Brasil.

5Especialista em Análises Clínicas pela Universidade Tiradentes – Aracaju, SE, Brasil.

6Doutor. Universidade Tiradentes – Aracaju, SE, Brasil.

 

Instituição: Universidade Tiradentes – Aracaju, SE, Brasil.

 

Artigo recebido em 26/11/2013

Artigo aprovado em 29/01/2016

DOI: 10.21877/2448-3877.201600233      

 

 

Resumo

Objetivo: As enteroparasitoses permanecem com elevadas taxas nas populações de áreas com saneamento básico precário em todo o mundo. Essas enfermidades configuram-se no grupo de doenças tropicais negligenciadas acometendo aproximadamente 7 milhões de crianças ao redor do mundo. O município de Aracaju, SE é considerado a capital brasileira da qualidade de vida. No entanto, ainda ocorre a escassez de dados epidemiológicos sobre as enteroparasitoses. Assim, esse estudo objetivou realizar um inquérito abordando as enteroparasitoses entre 2007 a 2010 em Aracaju, SE. Métodos: Realizaram-se buscas em arquivos eletrônicos de três laboratórios clínicos do município. Nos arquivos deveriam constar as seguintes informações: idade, gênero, enteroparasita. Com as informações obtidas foram calculadas as prevalências por faixa etária e gênero dos enteroparasitas diagnosticados. Resultados: Nas condições desse estudo foram obtidos, para os helmintos, 21,01%; já para protozoários patogênicos, 17,21%, e quanto aos protozoários comensais, 61,78%, em uma amostra da população de 75.974 pessoas entre 2007 a 2010. Conclusão: Mediante o exposto percebeu-se que a prevalência das enteroparasitoses em Aracaju, SE ainda é preocupante, não só pelos altos índices evidenciados das parasitoses, mas também pela contaminação por comensais já que a rota de infecção é a mesma para ambos, ou seja, oral-fecal.

 

Palavras-chave

Doenças parasitárias; Estudos transversais; Incidência  

              

 

introdução

 

Ao olhar social, as parasitoses humanas, a exemplo enteroparasitoses que são causadas por helmintos e protozoários do sistema digestório, representam um grave problema de saúde pública. Elas são respon­sabi­lizadas pela diminuição da qualidade de vida de uma comunidade e causam grandes perdas econômicas, diminuição de sua produtividade, prejuízo de função de alguns órgãos vitais, contribuindo para o aumento da desnutrição.(1,2)

Refletindo em níveis monetários, as doenças parasitárias acarretam um prejuízo acentuado no Produto Interno Bruto (PIB) anual, já que motivam aposentadorias precoces, faltas ao trabalho, custos com medicamentos, consultas e internações.(3)

No Brasil, a investigação parasitológica tem sido indubitavelmente negligenciada, o que acarretou danos à população, já que as condições climáticas são favoráveis para proliferação dos parasitas, em especial os intestinais e, acentuadamente, no Nordeste, como o estado de Sergipe, além dos padrões de saneamento básico e de higiene inadequados e insuficientes, características das nações em desenvolvimento.(4)

Para Andrade,(5) as enteroparasitoses apresentam variações inter e intrarregionais, dependendo de condições sanitárias, educacionais, econômicas, sociais, índice de aglomeração da população, condições de uso e contaminação do solo, da água, alimentos, bem como capacidade de evolução das larvas e ovos de helmintos e cistos de protozoários em cada um desses ambientes.

A escassez de investigações, a carência de inquéritos regulares, a insuficiência dos sistemas de informação, estudos realizados com grupos específicos, entre outros fatores, ainda impossibilitam traçar de forma consolidada o perfil epidemiológico das enteroparasitoses em comunidades nordestinas. Não obstante, é sabido que essas doenças infectoparasitárias constituem importante causa de morbidade e mortalidade nas populações carentes e, em especial, nas crianças.(6,7)

Programas governamentais têm sido executados na tentativa de controlar as enteroparasitoses em diferentes países, a exemplo do Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses implantado em 2005 no Brasil. No entanto, nos países em desenvolvimento, a baixa eficácia de tais iniciativas está vinculada, principalmente, ao aporte financeiro insuficiente para atender às necessidades de medidas em saneamento básico e quimioterápico e também à falta de envolvimento e participação das comunidades de forma mais contundente.(8)

Conforme Vasconcelos,(9) são de fundamental importância estudos investigativos que busquem avaliar de forma mais abrangente as enteroparasitoses em Sergipe, posto que a maioria das pesquisas realizadas e publicadas tem focado grupos específicos, como escolares de determinadas instituições, casas de acolhimento para crianças e pessoas da terceira idade, que minimizam um melhor dimen­sionamento e elaboração de medidas de combate mais eficazes por parte das autoridades sanitárias. Mediante o exposto, esse trabalho teve como objetivo investigar em uma amostragem humana a prevalência de enteroparasitoses no quadriênio de 2007 a 2010 em Aracaju, SE.

 

Material e métodos

 

Trata-se de um estudo epidemiológico com dados secundários obtidos em arquivos de cadastros de usuários que realizaram exames coproparasitológicos em três laboratórios de análises clínicas do município de Aracaju, SE, no período de 2007 a 2010.

Esses laboratórios foram selecionados por disponi­bilizarem seus serviços para conveniados tanto do setor público quanto do privado, bem como realizarem, em média, 120 mil exames laboratoriais por ano, tendo sido observada uma ascensão da ordem de 13% a cada ano no quadriênio estudado. Foram incluídos na análise os arquivos eletrônicos que contivessem os registros dos usuários que realizaram exames coproparasitológicos com as variáveis epidemiológicas (procedência, gênero e faixa etária) e os resultados do analito (presença/ausência de helmintos e protozoários e suas identificações específicas completas).

Foram assinadas declarações pelos responsáveis dos arquivos dos laboratórios, permitindo o livre acesso a eles, com o intuito de investigar os dados imprescindíveis ao estudo e para futuras publicações.

Executou-se a análise descritiva com tabulação dos dados, utilizando-se o software Graph Pad Prism® 5.0. Os resultados foram expressos em frequência absoluta e relativa.

 

Resultados

 

Foram investigados os usuários de três laboratórios clínicos de Aracaju, SE que realizaram exames copro­para­sitológicos a critério médico, de 2007 a 2010, obtendo-se uma amostra total de 153.912 pessoas. A amostra ficou distribuída em relação aos anos acima citados como segue: 31.325; 33.210; 43.811 e 45.566, respectivamente.

A Figura 1 mostra os casos positivos e negativos distribuídos por ano, sendo observados 75.974 (49,37%) positivos e 77.938 (50,6%) negativos. Dos positivos foram 15.966 (21,01%) casos de helmintoses, 13.071 (17,21%) de protozooses e 46.937 (61,78%) possuíam protozoários comensais.

 

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Figura 1. Frequência absoluta dos resultados coproparasitológicos.

Fonte: Dados de prontuários eletrônicos de três laboratórios clínicos de Aracaju, SE entre 2007 e 2010.

 

 

Nas Tabelas 1, 2, 3 e 4 foram distribuídos os resultados dos casos de helmintoses, conforme as faixas etárias e gêneros no quadriênio referido. Foi possível verificar, para os helmintos, que 8.892 (55,69%) estavam acometidos por Ascaris lumbricoides, 3.581 (22,42%) por Ancilostomídeos, 2.420 (15,15%) por Trichuris trichiura, 608 (3,80%) por Enterobius vermiculares, 320 (2,0%) por Hyminolepis nana e 145 (0,94%) dos parasitados portavam Strongyloides stercoralis. Já as Tabelas 5 e 6 mostraram a distribuição, no período estudado, das protozooses, havendo 7.222 (55,25%) casos por Giardia lamblia e 5.849 (44,75%) por Entamoeba histolytica/Entamoeba díspar.

No que concerne ao gênero (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6), observou-se que o masculino apresentou 19.338 (25,45%) e o feminino 9.763 (12,85%) casos de helmintoses e protozooses, respectivamente. Quando aos protozoários comensais, observou-se, para o gênero masculino e feminino, que eles estavam presentes em 46.937 (61,78%) pessoas.

Quanto às faixas etárias (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6) foi constatada uma prevalência dos casos de helmintoses e protozooses interessante, ficando assim distribuídas: as helmintoses causadas pelos Nematódeos Ascaris lum­bricoides, Ancilostomídeos, Trichuris trichiura, Strongy­loides stercoralis e o cestoda Hyminolepis nana foram mais elevadas nas faixas etárias de 21 a 49 anos, enquanto que o nematoda Enterobius vermiculares foi de 0 ano a 21 anos.

 

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Para o protozoário Giardia lamblia, observou-se, no intervalo de 0 ano a 14 anos, uma elevação; todavia, caiu no intervalo de 14 anos a 21 anos, voltou a elevar-se no intervalo de 21 anos a 42 anos, voltando a diminuir a partir de 42 anos. Já os protozoários Entamoeba histolytica/Enta­moeba díspar começaram a aumentar os casos a partir de 21 anos e continuaram elevando-se nas demais faixas etárias.

A Figura 2 mostra a evolução do número de casos dos enteroparasitas na amostra humana avaliada, no decorrer dos anos de 2007 a 2010.

 

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Figura 2. Tendência dos índices de infecção dos casos de entero­parasitoses em amostras fecais de três laboratórios de análises clínicas de Aracaju, SE, 2007 a 2010.

Discussão

 

As pesquisas conduzidas sobre a prevalência de enteroparasitoses em populações de diversificadas faixas etárias têm apresentado frequências variáveis, tanto no que se refere às espécies de parasitas diagnosticadas quanto a seus quantitativos. Além disso, muitos estudos abordam grupos populacionais pontuais, a exemplo de crianças pré-escolares, escolares, pessoas na terceira idade, enfermarias hospitalares, portadores de transtornos mentais, grupos étnicos, entre outros.(10,11)

O evento supracitado dificulta uma avaliação mais abrangente do problema, especialmente para efeito comparativo sobre a prevalência e o tipo de enteroparasitas mais frequentemente encontrados nas diferentes regiões geo­políticas do Brasil.(12,13)

Apesar de o município de Aracaju ser considerado a capital do estado classificada como entre as melhores em qualidade de vida do país, a prevalência das entero­parasitoses ainda é preocupante, pois foi evidenciado, nesse estudo, em uma amostra de 153.912 pessoas que realizaram coproparasitológico em três laboratórios clínicos, que 77.938 (49,37%) delas foram positivadas, portando helmin­toses (21,0%), protozooses (17,24%) e protozoários comensais (61,78%), entre 2007 a 2010.

Em relação aos protozoários comensais, eles não são considerados patógenos, entretanto, são bons marcadores de contaminação e servem para identificação de prováveis microrganismos patogênicos, que podem estar presentes em água ou alimentos causando surtos e problemas de saúde pública, coadunando com os estudos realizados por Grunspan et al.,(14) Lopes et al.(15) e Belloto et al.(16)

Nas condições desse trabalho, foi constatado que o gênero masculino apresentou prevalência mais elevada (25,45%) em detrimento ao feminino (12,85%). Para Furtado et al.,(17) e Souza et al.,(2) existem diversos trabalhos conflitantes quanto à diferença na frequência de entero­parasitas entre os gêneros. Acredita-se que é preciso encarar a carga parasitária entre os gêneros com bastante parcimônia.

Distintos autores, a exemplo de Baptista et al.(18) e Silva & Silva,(19) desenvolveram estudos sobre a frequência de enteroparasitoses em diferentes faixas etárias, determinando que a faixa etária com índices mais elevados era a de 5 anos a 12 anos, situação diferente à verificada nesse inquérito, no qual as maiores incidências para os helmintos Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Hyminolepis nana foram mais acentuadas nas faixas etárias de 21 anos a 49 anos. Já para Enterobius vermiculares foi de 0 ano a 21 anos (Tabelas 1, 2, 3 e 4).

Nos últimos dois decênios, percebeu-se, no Brasil, a intensificação por parte dos governantes públicos da saúde em criar programas e estratégias que buscam minimizar os problemas que podem culminar em morbimortalidade, a exemplo das enteroparasitoses, nas crianças, pessoas da terceira idade e nas mulheres, fato esse que pode ter influenciado nos achados desse estudo. Pode-se pensar também em mudanças comportamentais, tipo de labor, visto que o gênero masculino foi o mais acometido, bem como condições ambientais, posto que, com exceção do Hyminolepis nana, os demais helmintos detectados foram geohelmintos.

Os geohelmintos são parasitas que possuem uma fase de seu ciclo de vida realizada no solo, entretanto, para que essa fase ocorra é preciso condições ambientais satisfa­tórias. Conforme Rey,(20) essas condições são temperatura (22ºC a 32ºC), umidade relativa do ar (entre 60% a 86%), boa oxigenação e solo arenoso ou argiloso, condições essas que Aracaju possui, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(21) e o Instituto de Meteorologia de Sergipe.(22) Nessas condições, os geohelmintos evoluem e permanecem viáveis por bastante tempo.

Outro fato que merece ser destacado é que Aracaju possui somente 35% dos domicílios com tratamento de esgoto, segundo Deso,(23) sendo este fato crucial, pois facilita e muito a probabilidade de contaminação do solo por material fecal, ampliando a disseminação de parasitas e outros agentes etiológicos.

Quanto ao helminto Enterobius vermiculares, pode-se explicar por ele ser um parasita comum em locais com aglomeração de pessoas, como acontece nas casas de acolhimento para crianças, escolas, entre outras, e também pela falta de higiene corporal e domiciliar, residências com número elevado de ocupantes, já que esse parasita possui forma de infectividade peculiar, visto que as fêmeas liberam seus ovos larvados (larva L3) e eles completam sua maturidade para forma infectante (larva L5) no corpo do hospedeiro, na região perianal ou perineal, bem como sua transmissão ser interpessoal e por autoinfecção.

No que concerne aos protozoários Giardia lamblia e Entamoeba histolytica/Entamoeba díspar (Tabelas 5 e 6), pensar em prevalências atreladas às faixas etárias é um tanto quanto complicado, porque suas formas de disseminação, os cistos maduros, já são eliminadas pelas fezes dos hospedeiros infectantes e, especificamente em Aracaju, onde ocorre deficiência de rede de esgoto, como referido anteriormente, ampliando sua disseminação, que está associada à veiculação hídrica, higiene corporal, alimentos contaminados, contato com água contaminada com cistos maduros.

Os protozoários citados acima são também bastante resistentes às adversidades do meio ambiente, propiciando sua viabilidade fora do corpo do hospedeiro por longo tempo e, independente da faixa etária e gênero, acometerem pessoas, causando agravo à sua saúde, em consonância com as pesquisas executadas por Visser et al.,(24) Marques, Bandeira & Quadros,(25) Baptista et al.,(18) Andrade et al.(5)

Ressalta-se que o quantitativo de coproparasitológicos positivos para os protozoários mencionados acima pode não ser o real, posto que eles possuem uma nuança no seu ciclo de vida, que é ficar de sete a dez dias sem liberar cistos, ou seja, possuírem ciclo biológico intermitente.(1)

No que tange à distribuição dos casos por parasita na amostra, eles apresentaram, mediante os múltiplos fatores relatados acima, coerência, corroborando com as pesquisas desenvolvidas por Teixeira & Heller,(26) Seefeld & Pletsch,(27) Silva, Silva & Silva,(28) Santana et al.,(29) Lodo et al.,(30) e Cassenote et al.(31)

Quanto à evolução dos casos das enteroparasitoses (Figura 2), na amostra humana objeto desse estudo, reserva-se a obrigação de informar ter sido um viés nessa pesquisa, posto que não se trabalhou com dados brutos; entretanto, observando as frequências absolutas e relativas, notou-se elevação para os helmintos Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos, Trichuris trichiura e Hyminolepis nana, bem como para o protozoário Entamoeba histolytica/Entamoeba díspar.

 

Conclusões

 

Nas condições desse estudo, percebeu-se que a prevalência das enteroparasitoses em Aracaju, SE ainda é muito preocupante, uma vez que foi diagnosticado para os helmintos, 21,01%, para protozoários patogênicos, 17,21% e, quanto aos protozoários comensais, 61,78% em uma amostra da população de 75.974 positivadas entre 2007 a 2010.

O presente inquérito irá prosseguir em Aracaju e também se buscarão os dados de outros municípios sergipanos, pois se pretende obter resultados consolidados sobre as enteroparasitoses em Sergipe, com o intuito de embasar os órgãos competentes de informações reais sobre esses agravos à saúde, o que fortalecerá a necessidade da adoção de medidas em educação preventiva e saneamento básico. Sabe-se que é um labor árduo, entretanto, de suma importância para os sergipanos.

A continuidade desses trabalhos epidemiológicos pela comunidade cientifica é relevante para que haja conscien­tização de que é importante uma maior ação de controle das doenças parasitárias no Brasil.

 

 

Abstract

Objective: The intestinal parasites remain with high rates in populations from areas with poor sanitation worldwide. These diseases constitute in the group of neglected tropical diseases affecting approximately 7 million children around the world. The municipality of Aracaju, SE is considered the Brazilian capital of quality of life. However, there is also a shortage of epidemiological data on intestinal parasites. Thus, this study aimed to conduct a survey addressing the intestinal parasites between 2007-2010 in Aracaju, SE. Methods: For this purpose were held searches in electronic files of three clinical laboratories in the city. The archives should contain the information as follows: age, gender, enteroparasite. With the information obtained was calculated prevalence by age group and gender of diagnosed enteroparasite. Results: Under the conditions of this study were obtained for 21.01% helminths, as to pathogenic protozoa 17.21% and as commensal protozoa to 61.78% in a population sample of 75,974 people from 2007 to 2010. Conclusion: Through the above it was realized that the prevalence of intestinal parasites in Aracaju, SE is still worrying, not only evidenced by high rates of parasitic diseases, but also by the contamination diners since the route of infection is the same for both: oral-fecal.

 

Keywords

Parasitic diseases; Cross-sectional studies; Incidence

 

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Correspondência

Carolina Silva Vasconcelos

Av. Murilo Dantas, 300 – Farolândia,

49032-490 – Aracaju, SE